Depois de “Filhos do carnaval”, “Mandrake” e “Alice”, a HBO Brasil lançou “Mulher de fases”, uma coprodução com a Casa de Cinema de Porto Alegre. A série em 13 episódios conta a história de Graça (Elisa Volpatto na foto acima), uma corretora de imóveis que, recém-divorciada, volta para a casa da mãe superprotetora (Mira Haar). Como ocorre com a esmagadora maioria dos adolescentes, cada novo namorado que aparece provoca nela um efeito mimético poderoso. Então, se o sujeito é fumante, Graça fuma; se é místico, ela embarca numa viagem espiritual e por aí vai.
Ocorre que Graça não é adolescente, o que resulta na primeira derrapada do programa. Tanto adesismo numa mulher adulta não convence nem atrai muito o público de mais de 20 anos. “Mulher de fases”, baseada no livro “Louca por homem”, de Cláudia Tages, sofre também de uma leveza extrema. Leve demais não significa leviano, o que aqui é lamentável pois um pouco de veneno, no melhor sentido, cairia bem. Os diálogos são bobinhos, desprovidos de malícia. E as situações dramáticas ficam devendo em intensidade.
Este conjunto de ingredientes sem acidez decepciona o telespectador de “Alice”, “Mandrake” e “Filhos do carnaval”. Ou mesmo aquele que conhece outros projetos da Casa de Cinema (que tem como sócios Jorge Furtado e Carlos Gerbase) na TV, como o excelente “Decamerão”, só para citar um.
Com texto fraco, embora correto, “Mulher de fases” possui, por outro lado muitas qualidades criativas de produção. O elenco é ótimo, começando pela atriz que desempenha a personagem principal. Mira Haar, Antoniela Canto, Júlia Assis Brasil e Rodrigo Pandolfo também brilharam na estreia. A série é bem iluminada, ambientada em Porto Alegre, um cenário pouco explorado pela televisão e tem direção competente de Ana Luiza Azevedo (responsável pelo primeiro episódio) e Márcio Schoenardie.
Com texto fraco, embora correto, “Mulher de fases” possui, por outro lado muitas qualidades criativas de produção. O elenco é ótimo, começando pela atriz que desempenha a personagem principal. Mira Haar, Antoniela Canto, Júlia Assis Brasil e Rodrigo Pandolfo também brilharam na estreia. A série é bem iluminada, ambientada em Porto Alegre, um cenário pouco explorado pela televisão e tem direção competente de Ana Luiza Azevedo (responsável pelo primeiro episódio) e Márcio Schoenardie.
O público que já não aguenta a repetição de atores na teledramaturgia também vai gostar de ver caras novas, talentos escalados através de testes.
“Mulher de fases” não é nenhuma “Alice”, mas não faz feio e merece a sua atenção.
Um comentário:
Ahh sinceramente eu acho muito bom a nova Serie, dou muitas risadas com ela e as trapalhadas em que se envolve , acho show e espero que continue
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