
“Eu estou cruzando seus limites, entrando em seu mundo interior, desvendando seus segredos”.
Spoilers  Abaixo:
A frase que abre essa review, dita pelo 
terapeuta Théo, demonstra a evolução dessa semana em que o terapeuta 
conseguiu finalmente se impor e derrubar as fortalezas de seus 
terapeutas. O resultado foi que estamos cada vez mais nos importando com
 os personagens e nos conectando com eles.
Segunda- Júlia
Não tínhamos dúvidas de que Júlia 
voltaria, só não sabíamos que esse retorno seria tão bom. Após o infarto
 de seu pai, ela viu em Théo, a única pessoa com quem pudesse conversar 
(já que nem André quis ouvir). Júlia se sentiu culpada por seu pai estar
 na UTI, tudo porque ela seguiu o conselho de Théo e resolveu contar que
 se envolveu com Beto. Diante da revelação, o pai dela só disse “eu não 
imaginava”, demostrando toda a apatia que Júlia disse que ele tinha.
 Não esperava que Théo falasse tão 
abertamente para Júlia sobre seus sentimentos, dizendo que sentia falta e
 queria ficar com ela. O nosso impulso era pensar que Júlia se 
aproveitaria dessa situação, não foi isso que vimos, naquele instante 
Júlia duvidou e se afastou. Esse episódio nos mostrou um quadro 
diferente das demais sessões com Júlia, vimos um Théo incisivo, 
provocador, assumindo o controle da terapia e uma Júlia surpresa, 
tentando recuar. Depois que Théo confessou, Júlia teve dificuldade de 
olhar nos olhos dele, até quando ele disse que não sabia o que fazer, 
ela respondeu que essa era uma fantasia dele e não dela. Como assim, uma
 fantasia dele? Naquele momento, eu entendi que ela não estava preparada
 para aquilo, ela não queria aquilo.
Quando Júlia afastou as coisas no sofá e
 chamou Théo para sentar ao seu lado, ela pediu por uma igualdade, quis 
que ele saísse do profissional e se colocasse ao seu lado naquela 
situação.  E ele se colocou. Théo se colocou no lugar da paciente quando
 ele contou que fantasiava com uma professora e quando ela quis 
beijá-lo, ele fugiu. Ao contar sua experiência, ele fez com que Júlia se
 sentisse a vontade para contar a dela, como eu disse, essa é uma sessão
 de sentimentos e essa troca de confissões é a estratégia usada por Théo
 para desvendar o subconsciente de Júlia.
Desmentindo o que disse na sessão 
passada, Júlia afirmou que Beto foi nojento e essa experiência 
traumática fez com que Júlia mudasse, destruiu sua capacidade de se 
relacionar com os homens por amizade e não sexualmente. Ao menos, 
sabemos que Théo está ciente de que esse é um teste imposto por Júlia e 
se ele cair estará se igualando a Beto. Porque Júlia não quer apenas 
sexo, ela quer que alguém a conserte, cuide dela e se Théo corresponder a
 essa fantasia, ele não será o mesmo pra ela, ele sairá do pedestal, não
 será mais admirado.
Nessa sessão, consegui me conectar 
emocionalmente com Júlia, como nunca tinha conseguido antes. Por mais 
clichê que possa parecer essa transferência erótica de paciente para 
terapeuta, sinto que estão abordando bem esse tema com Théo jogando com 
sinceridade e assumindo um interesse. Lembrando, que na ficção isso é 
muito bom, porque surpreende.  Quando Júlia sentiu uma estranheza sobre 
voltar ao consultório, eu fiquei preocupada e penso que ela pode voltar e
 não se sentir mais uma paciente. Se isso acontecer, espero que ele não 
caia no jogo da paciente e não volte a ser manipulado por ela.
P.S: Aquela encarada final de Júlia e Clarice, fechou o episódio com chave de ouro, né?
Terça- Breno
A vulnerabilidade de um homem em guerra.
 É assim que defino essa sessão de Breno. Por mais que ele tenha tentado
 se impor no começo do episódio, exigindo desculpas de Théo, ficou claro
 que ele não estava como nos outros dias. Breno parecia confuso, pela 
primeira vez aparentou estar assustado com o fato das pessoas o verem 
como um assassino. Seu sonho sobre um atirador que não matava um cara 
armado revela seu medo de ser impotente e a sensação de que ele tem que 
matar uma parte sua que ele não gosta.
Foi muito bom ver Théo tomando conta da 
situação, assumindo que sentiu que seu subconsciente pediu para que ele 
atacasse Breno. Como eu já disse, essa reação furiosa de Théo, serviu 
para aproximá-lo de Breno e mostrar que ele não é fraco. Há algumas 
semanas atrás, eu expus minha teoria de que Breno poderia ser gay e me 
surpreendi em ver o próprio Breno falar sobre isso nessa sessão. O 
episódio foi cheio de frases que nunca esperei ouvir de Breno, como por 
exemplo, quando ele confessou ter ficado excitado com um filme pornô 
gay. Ele tem consciência de que seus atos entram em contradição com sua 
fama de machão, mas talvez, isso ocorra não porque Breno seja gay, mas 
sim, porque ele tem dificuldades de assimilar suas emoções e 
sentimentos.
O pai de Breno foi o grande responsável 
por esse bloqueio de emoções do filho, que o fez impedir de demonstrar 
sentimentos depois de apanhar de alguns garotos ou mesmo depois de matar
 uma criança inocente. Foi esse pai que o fez acreditar que ele estaria 
sendo gay se fosse sensível de alguma forma e talvez, agora que ele está
 sentindo esse turbilhão de sentimentos, ele possa estar confundindo 
isso com ser gay. Por isso, estou curiosa quanto ao futuro dessa trama.
Emocionei-me quando Théo disse que Breno
 estava acostumado a abafar o que sentia e agora, ele estava sentindo 
tudo transbordar e isso o apavora. Naquele momento, foi como se uma 
barreira fosse ao chão e uma alma fosse revelada, o que fez com que nós 
tivéssemos a oportunidade de ver um Breno vulnerável, que foi desabar em
 prantos no banheiro.
Breno disse que precisava de um tempo e 
isso me deixou com receio. Não é de hoje que elogio as sessões de Breno.
 No começo, o detestava e achava desinteressante toda trama do atirador 
de elite durão, mas o que vimos no decorrer das semanas, foi uma 
evolução tanto do personagem, quanto do ator Sérgio Guizé. São sessões 
como essa que nos emocionam e nos brindam com excelentes atuações!
P.S: Breno todo inspirado, perguntando se Théo colecionava barcos porque queria navegar pelo mundo e não podia. 
Quarta- Nina
Desde a primeira vez que conhecemos 
Nina, percebemos seus conflitos e deleites. Ao longo das semanas, Théo 
tocou em vários assuntos da vida dela, mas um parecia intocável: seu 
pai. Quando Isabel (mãe de Nina) revelou na última sessão que o pai da 
garota estava nos EUA, nós tivemos uma noção de como essa relação também
 é complicada para Nina. O pai que não faz parte do cotidiano da filha 
acaba ficando isento de críticas, mas é tão responsável quanto Isabel.
Toda a história envolvendo a pizza que 
Nina pediu, serviu como pano de fundo para mostrar o  problema que ela 
tem com vontades. Quando Leon mandou que ela emagrecesse, ela sentiu 
fome; quando Isabel quer que ela coma, ela diz que está gorda; quando 
Théo diz que gosta de vê-la comendo, ela decide parar de comer. É como 
se tudo que Nina faz, fosse apenas uma contradição. A vontade de ser 
contra tudo e todos faz com que a sua vontade desapareça.
Achei tão bonito, quando Théo perguntou o
 porquê de Nina estar escondendo o pai dela, quando ele pediu que ela 
ficasse, que ela não tentasse fugir. Théo realmente quis “tocar na 
ferida” ao mostrar o livro de fotografias (com mulheres nuas) do pai 
dela, assim, ele acabou gerando uma reação furiosa de Nina, que quebrou 
um de seus barcos. Nunca ninguém havia demonstrado um afeto, uma invasão
 no interior de Nina, uma vontade de saber sobre a raiva que ela sente 
do pai. Agora que Théo enxergou essa raiva, ele se colocou ao lado dela.
 Nina não está mais sozinha nesse lugar de sofrimento, de impotência, de
 morte emocional.
Agora Théo está com ela, ele invadiu um 
espaço e espero que ele consiga ficar. Pelo sorriso de Nina no final, eu
 acho que ele pode ter uma chance de ajudá-la a se libertar. Nina agora 
terá muito trabalho pela frente, as eliminatórias se aproximam e espero 
que voltem a tocar no relacionamento dela com Leon. Aliás, quando Théo 
questionou Nina sobre as fotos das mulheres nuas e como isso a fazia 
sofrer, ela disse que ele estava querendo insinuar que ela tivesse sido 
abusada. O que levou Nina a achar isso? E por que ela tocou nesse 
assunto? Vale lembrar que ela disse que quando transou com Leon, estava 
meio sonolenta. Será que ela foi abusada sexualmente? Vamos ver se essas
 perguntas serão respondidas.
P.S: O entregador de pizza, todo folgado, contando história pra ganhar uma gorjeta do Théo. 
Quinta- Ana
Na busca do conhecimento individual 
sobre o casal Ana e João, esse episódio de Sessão de Terapia nos 
apresentou uma sessão só com Ana, e eu não poderia ficar mais 
satisfeita. Eu venho falando sobre a vontade de saber o que se passa na 
mente de cada um desse casal, há muito tempo. Quando estão juntos, 
parece que Ana e João se anulam e só brigam, nos impedindo de ter uma 
opinião sobre cada um e achando os dois (às vezes) chatos.
Parece que João está decidido a ser um 
novo homem, depois da última sessão, ele mudou de comportamento. Prova 
disso é o fato de ir fazer um teste para um comercial e deixar Ana ir 
para a terapia, sozinha. Só que Ana achou patética e ficou até com nojo 
da declaração do marido e disse não estar gostando desse “novo” 
companheiro.
Théo essa semana estava bem astuto e 
dessa vez não foi diferente, ele conseguiu descobrir a razão da repulsa 
que Ana tem por afeto. Como tudo em sessão de terapia, isso é causado 
por um problema familiar, um sofrimento na infância. Era a cinderela que
 tinha que conviver com a mãe (que mais parecia uma madrasta), com a 
irmã que queria diminuí-la e com a perda de seu príncipe (seu pai).
Como foi dito na sessão passada, Ana era
 uma criança gordinha e isso a tornou uma adulta insegura, quando ela 
questionou Théo sobre trair, ou não, João com Veloso, ela demonstrou 
isso. Ana é como tantas pessoas que se escondem atrás de uma figura 
poderosa, arrogante e sexy, mas que vivem com a sombra do passado. Ela 
se atraiu por João, por ele ser frio, estúpido, ignorante. Agora que ele
 está tentando passar uma linguagem de afeto, ela não quer compreender, 
porque ela sente que não pode se envolver, porque pessoas gentis a 
abandonam. Ela cresceu sem afeto e pensar em conviver com isso, é muito 
difícil. Por isso, ela resolve tudo na cama, com o sexo. Seja pra se 
vingar da irmã, ou do marido que não está agradando ela.
No final, Ana praticamente admitiu que 
não é primeira vez que ela vai trair João. Antes de sair com Veloso, ela
 liga para o marido e parece tomar coragem para fazer, o que segundo 
ela, é inadiável. Grande interpretação de Mariana Lima, que me parece 
muito melhor no flerte com Théo do que Maria Fernanda Cândido. Quero ver
 uma sessão individual de João, semana que vem!
P.S: Como será que a mãe da Ana completou a frase “Ela ia parecer uma…”?
Sexta- Dora
As sessões de sexta-feira não estão 
sendo as mesmas depois da inclusão de Clarice na trama. Se por um lado, 
não vemos o Théo não mais tão agressivo como antes, por outro, podemos 
conhecê-lo pessoalmente. Essa semana, o foco foi sobre os filhos do 
casal.
Dora soube perceber que os filhos tentam
 a todo custo, unir novamente os pais. Seja tentando causar uma 
preocupação, ou fazendo uma visita inesperada. Os filhos já percebem o 
desgaste do casamento e fazem de tudo para vê-los agindo de fato, como 
um casal. Nessa sessão, a filha Malu foi a mais citada, com Théo falando
 que ela tinha uma aptidão terapêutica. Pelo menos, a sessão serviu para
 explicar que ela estava se envolvendo com rapazes no centro de 
recuperação de jovens, porque queria chamar a atenção dos pais.
O encontro de Clarice e Júlia na 
segunda-feira, foi citada nessa sessão, quando Clarice disse que se 
sentiu “traída” ao perceber que Júlia não era uma menina sensível e 
histérica como Théo e Dora descreviam. Clarice não se sente mais 
desejada e se subestima em relação à Júlia, dizendo que ela é o tipo de 
Théo. A relação era cômoda para os dois, Théo se sentindo admirado 
enquanto cuidava de Clarice e ela se sentia cuidada, amada. Em um 
determinado momento, essa imagem de prazer em se sentir cuidada, se 
desfez na mente de Clarice. Talvez por isso, Júlia provoque tanto 
interesse em Théo, porque ela precisa de alguém que cuide dela.
 Achei desnecessário Théo ficar 
repetindo e interpretando tudo o que Clarice dizia, isso me incomodou um
 pouco.  Dora, mais uma vez não foi imparcial (ela nunca é) e acabou 
discutindo com Théo, deixando Clarice mais desconfortável e fazendo com 
que ela fosse embora. Não achei que foi uma sessão tão boa quanto as 
anteriores e não fechou tão bem a semana.
P.S: Vocês viram a nova teoria de que a Dora é apaixonada pelo Théo? Não acredito nisso, seria muito desastroso!
 
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